COLOCAR AQUI IMAGEM CACHIMBO SAGRADO

 

Desde os primórdios da humanidade o homem já comungava com o Grande Espírito através do Cachimbo Sagrado. Muitas civilizações como os incas, maias, astecas, entre várias outras civilizações ancestrais, sempre se reuniam para realizar cerimônias de rezas e orações ministradas por xamãs, curandeiros e benzedores.

Esta prática ancestral foi muito praticada pelos irmãos nativos americanos, que chamavam o Cachimbo Sagrado de Chanupa ou Pipa Sagrada.

O Cachimbo Sagrado é um dos três instrumentos mais sagrados do xamã, como o tambor e o maracá! Mas a diferença, é que o Cachimbo Sagrado é realizado para um contato mais profundo e intenso com o Mundo Espiritual, para elevação de preces, mantras e rezas, sempre no propósito de elevar sentimentos de muita gratidão, respeito e amor ao Grande Espírito.

Os xamãs ancestrais reuniam toda a tribo para celebrar este ritual de poder, os nativos americanos reuniam toda a comunidade, formando um conselho, sentados em círculo, para resolver problemas e desentendimentos tribais, onde o xamã iniciava o ritual ascendendo seu Cachimbo Sagrado e o transferia para o irmão da esquerda, dando permissão para este então ter o uso da palavra, buscando a solução do problema.

Muitos xamãs utilizam o Cachimbo Sagrado em seus atendimentos, outros rituais e aconselhamentos, neste momento, ele se conecta com o Espírito do Tabaco, e este então, passa-lhe a visão do problema da pessoa.

O Cachimbo Sagrado representa a união do feminino com o masculino, à parte onde armazena o tabaco para ser queimado (o fornilho) representa a energia feminina, a chacrona, a Lua, o acalento, a flauta, a recepção, o colo da Mãe Divina, e por onde passa a fumaça (tubo) representa o masculino, o jagube, o Sol, ação, centro, tambor, a firmeza do Pai do divino. Os Cachimbos Sagrados costuma serem adornados com penas, cordas ou couro, e é um objeto de poder utilizado para estabelecer uma conexão direta com o Grande Espírito. Esta conexão simboliza a união das duas partes, feminino e masculino, com o Grande Espírito, e é através da fumaça, outro fenômeno de poder, que suas preces e intenções chegam aos céus.

O Cachimbo Sagrado não se fuma, se pita. Cada pitada nesse ritual é sagrada, revestida de seriedade e respeito. Um convite lançado para participar e ser honrado, homenageando em cada uma os diferentes povos de nossa realidade: O povo em pé, o povo de pedra, a grande nação das estrelas e os seres dos trovões, os seres de asas, barbatanas, quatro patas, o povo subterrâneo e as quatro direções. O avô Sol, a Mãe terra, Irmã lua, fogo, terra, água, ar e os duas pernas de toda nação.

O ritual do cachimbo envolve o sagrado e o honrado, todo o fornilho é pitado. Pois os espíritos entram no tabaco e são liberados quando pelo fogo tocado, saindo como fumaça que quando aspirada, os espírito entram em comunhão. Ocorrendo assim uma só sintonia entre o participante e os espíritos, fundindo-se em grande união. É uma desonra aos espíritos se o fornilho for esvaziado antes de ter sido todo queimado.

Toda origem é o Grande Espírito, para lá todos são retornados! Podemos realizar nossas jornadas em cada parte da roda da vida, em união sagrada com todos os espíritos, que por esse ritual do cachimbo, compartilham do seu espaço sagrado”.

 

 

 

Olhe bem para cada caminho e com propósito. Experimente-o tantas vezes quanto achar nescessário. Depois pergunte-se: Esse caminho tem coração? Se tiver, o caminho é bom, se não tiver, não presta”.

DON JUAN (CARLOS CATAÑEDA)